Foi a primeira reunião oficial entre a NBA e a Associação dos Jogadores desde o encontro de 30 de junho que determinou a greve no basquete norte-americano. Após um mês de impasse, a questão que envolve a parcela de arrecadação de ambos os lados segue como o principal ponto de discórdia.
"Ainda estamos muito distantes", disse o jogador Derek Fisher, presidente do sindicato, em entrevista ao site norte-americano ESPN. "É uma situação complicada. Os dirigentes estão expressando seu desejo de conseguir um acordo, mas com a proposta oferecida é difícil de acreditar".
Embora esteja do outro lado da disputa, David Stern (comissário da NBA) também não saiu satisfeito do encontro desta segunda-feira. O dirigente afirmou que "não está otimista" em relação a um acerto próximo. Ele ainda revelou que aceita a visão de Fisher, mas tem uma posição "completamente oposta" da situação.
A direção da NBA busca o corte de gastos para amenizar os prejuízos que chegaram a US$ 300 milhões na temporada passada. Os jogadores reconhecem as dívidas, mas não admitem a redução salarial pedida pela liga.
Para Stern, a volta aos trabalhos da NFL não é parâmetro para a NBA. Segundo o dirigente, a diferença dos salários da liga de futebol americano os lucros conquistados pela maior parte das franquias facilitou o novo acerto no esporte mais popular dos EUA. Para o cartola, a liga profissional de basquete não é tão rentável.
"Nós todos concordamos que ainda temos que conversar muito mais", disse Fisher. "Não há nada de novo ou qualquer ideia de grande sucesso no momento. Nós temos que discutir mais para que possamos tentar resolver essa situação".
Apesar do impasse, a próxima temporada da NBA já tem data para começar. O campeonato 2011/11 do basquete norte-americano tem estreia prevista para o primeiro dia de novembro. Atual campeão, o Dallas Mavericks recebe o Chicago Bulls.