Com apenas três semanas para a chegada da data estabelecida para o começo da temporada, dirigentes e o sindicato se encontraram por mais de sete horas em Nova Iorque. A reunião tinha como objetivo acabar com o impasse na divisão do faturamento do campeonato.
Os cartolas entraram no encontro com uma oferta de 46% para os jogadores. O sindicato pedia 53%, ou seja, uma redução de 4% em relação ao campeonato passado. Segundo o site norte-americano ESPN, Stern arquitetou uma proposta que igualaria as partes, mas os atletas não aprovaram.
Após a reunião, Stern cumpriu o que havia prometido durante os últimos encontros. Após o cancelamento de toda pré-temporada, o dirigente deu a segunda-feira como prazo para o acordo sem afetar o próximo campeonato. Sem acerto, o cartola cancelou a abertura marcada para o dia primeiro de novembro e toda as duas primeiras semanas.
"A diferença é tão significativa que nós não podemos pensar na temporada agora", disse Stern. "Nós temos um abismo em todas as questões. Estou triste e nunca esperei chegar a esse ponto".
Presidente do sindicato dos jogadores, Derek Fisher deixou a reunião lamentando o cancelamento das partidas, mas afirmou que a postura dos atletas será mantida. De acordo com o experiente armador do Los Angeles Lakers, a negociação com a NBA "não tem sido justa".
A parada da NBA deve resultar ainda mais prejuízos para os lados que já reclamam das perdas. De acordo com Billy Hunter, secretário do sindicato dos atletas, a união dos jogadores estima perder US$ 350 milhões para cada mês de paralisação.
O cancelamento de partidas é o primeiro desde 1998. Na ocasião, a temporada que tradicionalmente tem 82 jogos foi reduzida. O campeonato começou apenas em 1999 e cada time jogou apenas 50 vezes.
