O Brasil à semifinal chega embalado. Após as vitórias sobre Argentina e Porto Rico, o time comandado pelo treinador Ruben Magnano fechou a segunda fase com a melhor campanha entre todas as equipes na disputa. A seleção brasileira venceu sete dos oito jogos que fez em Mar Del Plata.
Na disputa da vaga na final e consequentemente o passaporte para Londres 2012, o Brasil terá pela frente justamente o único rival que foi capaz de superá-lo. O time dominicano venceu o confronto com os brasileiros por 79 a 74 ainda na primeira fase.
Veja o que o Brasil precisa apagar daquele duelo para conseguir a vaga olímpica
ERROS DE MARCELINHO HUERTAS
Para vencer a República Dominicana neste sábado, o Brasil precisará da atuação inspirada do armador Marcelinho Huertas, algo que não aconteceu no primeiro encontro. O jogador recém contratado pelo Barcelona abusou dos erros e foi o destaque negativo na derrota por 79 a 74.
Responsável pela armação das jogadas brasileiras, Huertas é o jogador que passa mais tempo com a bola nas mãos. No entanto, o jogador entregou aos dominicanos muitos dos ataques do Brasil. Foram dez erros cometidos pelo atleta. Número mais alto cometido por ele na competição.
Para se ter uma dimensão do número elevado, Huertas cometeu dez erros e todos os outros jogadores brasileiros somados perderam cinco posses de bola (nenhum deles duas vezes). Os dominicanos também perderam 15 jogadas por erros. Jack Michael Martinez foi quem mais se embaralhou com a bola: quatro vezes.
BOM DESEMPENHO DE AL HORFORD
Al Horford mostrou na partida contra o Brasil por que é um dos principais jogadores do Pré-Olímpico das Américas. O jogador do Atlanta Hawks foi decisivo para o time dominicano no único revés brasileiro na competição que classifica duas equipes para os Jogos Olímpicos de Londres 2012.
O time comandado pro Magnano sofreu com o poder ofensivo de Horford. O jogador foi o cestinha da partida. Foram 22 pontos para o pivô. O atleta dominicano foi bastante ativo na partida. Ele arremessou 21 vezes contra a tabela brasileira e ainda colaborou com cinco rebotes.
O foco ofensivo dos dominicanos deve ser Horford novamente. O jogador é o cestinha da equipe com 18,6 pontos de média no torneio. Ele é o terceiro colocado entre os cestinhas em Mar Del Plata.
FORÇAR ARREMESSOS DE LONGA DISTÂNCIA
O Brasil tem bons jogadores para conseguir arremessos de três pontos e esse pode ser um fator decisivo para a conquista da vaga para Londres. No entanto, se o time comandado por Magnano repetir o pobre desempenho que teve no primeiro embate contra os dominicanos a situação ficará complicada.
O Brasil é a equipe que tem a maior média de acerto em bolas de três pontos. São 8,9 por partida neste Pré-Olímpico de Mar Del Plata. Em aproveitamento, o time é o terceiro (40,3%). Contudo, os dominicanos limitaram os brasileiros a apenas 23% no primeiro confronto. Foram 22 tiros e apenas cinco bolas convertidas.
Quem mais errou foi Guilherme Giovannoni. O ala-pivô do Brasília mandou para fora da cesta todos os cinco arremessos. Alex Garcia também não conseguiu ser produtivo: quatro chutes e todos sem direção.
LIBERDADE PARA FRANCISCO GARCIA ARREMESSAR
Se o Brasil não conseguiu um bom desempenho nos tiros longos, o mesmo não se pode dizer da República Dominicana no confronto entre ambos. Comandado por Francisco Garcia, o time dominicano conseguiu fazer uma boa partida nos arremessos de três pontos.
Foram oito acertos em 13 tentativas (61%) dos dominicanos em arremessos de trás da linha dos três. A equipe ficou acima das suas médias de acerto (6,8) e também de aproveitamento (31,2%).
O grande responsável foi o ala Garcia. O jogador converteu quatro das suas cinco tentativas de arremessos de três pontos. Doze dos 14 tentos anotados por ele vieram neste tipo de arremesso.