Seis dias. Esse é o prazo que o sindicato dos jogadores e os dirigentes possuem para chegar a um acordo coletivo de trabalho. David Stern, comissário oficial da NBA, deu nesta terça-feira após a série de reuniões em Nova Iorque a data limite para a construção do acerto que salve a disputa completa da próxima temporada.
A série de encontros que começou na última sexta-feira entre jogadores e dirigentes finalmente ganhou um capítulo decisivo. Após reuniões frustradas e sem acerto, o debate desta terça-feira ao menos colocou um prazo limite para o acordo sem afetar a disputa da temporada.
Após horas de reunião, Stern fez um anúncio oficial de que a NBA segue sob locaute. O dirigente do campeonato revelou que o progresso alcançado nos últimos encontros ainda não foi o suficiente para acabar com a greve patronal que ameaça a disputa da próxima temporada.
"Na segunda-feira não teremos escolha", disse Stern em entrevista coletiva. "Teremos que cancelar as duas primeiras semanas da temporada. Nós ainda não fomos capazes de fazer o progresso que precisamos fazer e nem seguir negociando".
Para Derek Fisher, presidente do sindicato, a data para o acerto deveria ser esta terça-feira. No entanto, o jogador afirmou que "as duas partes ainda não estão prontas para fechar as lacunas".
Os jogadores ficaram com 57% do faturamento da liga na temporada passada. Alegando prejuízos, os dirigentes querem baixar esse número para apenas 47%. No entanto, o sindicato dos atletas aceita ceder apenas 4% do faturado na temporada passada. De acordo com o que dizem os jogadores, eles deixariam de receber mais de US$ 1 bilhão nos próximos seis anos.