As reuniões dos últimos dias na NBA não deixaram dirigentes muito mais próximos dos jogadores na construção de um novo acordo coletivo de trabalho. Após uma série de encontros da última sexta-feira até a terça-feira passada, a proposta oferecida pelos cartolas da liga sofreu uma melhora de apenas 1%.
O sindicato dos atletas e os dirigentes da liga não se entendem quanto à questão financeira. Após uma temporada de prejuízos, os times da NBA procuram uma forma de reduzir os gastos. A solução encontrada foi a proposta de cortes nos salários dos jogadores da principal liga de basquete do planeta.
Sob locaute, os dirigentes entraram para as últimas reuniões com uma oferta de destinar 46% de todo o faturamento da liga para o sindicato dos atletas. No último campeonato, esse valor era de 57%. Após os encontros, os cartolas decidiram "melhorar" a proposta. Em uma nova oferta, 47% de tudo o que é faturado na temporada ficaria para os jogadores.
"Quando a liga nos ofereceu apenas 47% foi o final da reunião", disse Billy Hunter, representante do sindicato dos jogadores, em entrevista ao site norte-americano ESPN.
Os jogadores também não parecem tão dispostos a mudar seus valores. O sindicato havia indicado a faixa de 54% como aceitável para os próximos anos. No entanto, na reunião desta semana, os atletas desceram apenas até 53%.
De acordo com Billy Hunter, a redução aceitável pelos jogadores já seria suficiente para salvar US$ 200 milhões dos US$ 300 milhões que a liga tem apontado como prejuízos.